quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O AMOR, A GRAÇA E A MISERICORDIA DE DEUS

Por várias vezes o Antigo Testamento diz que a salvação pertence a Deus. Isso indica que a salvação não tem origem em nós. Uma vez que o pecado é cometido pelo homem, poderíamos naturalmente pensar que a salvação também é originária do homem. Todavia nem sequer o pensamento da nossa salvação proveio de nós; pelo contrário, originou-se em Deus. Embora o homem tenha pecado e esteja destinado à perdição, não é sua intenção buscar a salvação. Embora tenha pecado e deva perecer, foi Deus quem começou a pensar em salvá-lo. Portanto, o Antigo Testamento menciona repetidas vezes que a salvação pertence a Deus. O motivo disso é que Deus é quem deseja salvar-nos. O homem nunca quis salvar-se.
Por que a salvação pertence a Deus? Por que Deus está interessado no homem? De um modo genérico, podemos dizer que é porque Deus é amor. Mas, mais especificamente, é porque Deus ama o homem. Se Deus não amasse o homem, Ele não precisaria salvá-lo. A salvação se cumpriu porque, por um lado, o homem pecou e, por outro, Deus amou. Se o homem não tivesse pecado, não haveria lugar nem maneira de o amor de Deus ser manifestado. E se o homem tivesse pecado, mas Deus não tivesse amado, nada tampouco teria sido concretizado. A salvação é cumprida e o evangelho é pregado porque, por um lado, Deus amou e, por outro, o homem pecou.
O pecado do homem nos mostra a necessidade do homem. O amor de Deus nos mostra a provisão de Deus. Se houver somente a necessidade sem a provisão, nada pode ser feito. Mas se existe a provisão sem a necessidade, aquela será desperdiçada. A salvação é cumprida e o evangelho é pregado devido aos dois maiores fatos do universo. O primeiro é que o homem pecou e o segundo é que Deus ama o homem. Estes dois fatos são imutáveis. São dois fatos enfatizados na Bíblia. Se você derrubar qualquer uma das extremidades, a salvação se perderá. Não há necessidade de que ambas as extremidades sejam derrubadas. Uma vez que uma delas se vai, não haverá possibilidade de a salvação ser realizada. Deus tem o amor e o homem tem o pecado. Por haver estes dois fatos, existe a salvação e existe o evangelho.
O Amor de Deus
. Devemos considerar três aspectos do amor de Deus. Primeiro, Deus é amor. Segundo, Deus ama o homem. E, terceiro, a expressão do amor de Deus está na morte de Cristo.
Deus é Amor
Vejamos o primeiro ponto: Deus é amor. Isso está registrado em 1 João 4:16. Aqui não diz que Deus ama. Tampouco diz que Deus poderia amar ou que Deus pode amar ou que Deus amou ou amará. Pelo contrário, diz que Deus é amor. Que significa dizer que Deus é amor? Significa que o próprio Deus, Sua natureza e Seu ser, é amor. Se pudéssemos dizer que Deus tem uma substância, então a substância de Deus é amor.
A maior revelação da Bíblia é que Deus é amor. Essa é a revelação de que o homem mais necessita. O homem tem muitas suposições e teorias sobre Deus. Ponderamos todo o tempo sobre que tipo de Deus nosso Deus é, que tipo de coração nosso Deus tem, quais as Suas intenções com relação ao homem, a que Ele é semelhante. Você pode perguntar a alguém sobre a idéia dele a respeito de Deus, e ele lhe dará o seu conceito. Ele achará que Deus é desse ou daquele tipo de Deus. Todos os ídolos no mundo e todas as imagens feitas pelo homem são produto da imaginação do homem, que acha que Deus é um Deus aterrador ou um Deus severo. Ele concebe Deus desta ou daquela maneira. O homem está sempre tentando analisar e investigar a que Deus se assemelha. A fim de corrigir as diferentes suposições que o homem tem sobre Deus, Ele se manifesta na luz do evangelho e mostra ao homem que Ele não é um Deus inacessível ou inatingível.
Afinal, Deus é o quê? Deus é amor. Esta afirmação não estará clara para você a menos que eu dê uma ilustração. Suponha que exista aqui uma pessoa paciente. A paciência está ali, aconteça o que acontecer, não importando quão difíceis ou quão más sejam as condições. Não podemos dizer que tal pessoa tenha agido pacientemente; o advérbio pacientemente não pode ser usado para descrevê-la. Nem podemos dizer que ela seja paciente, usando um adjetivo. Devemos dizer que ela é a própria paciência. Talvez não nos refiramos a ela pelo seu nome. Em vez disso, às ocultas, poderíamos dizer que a Paciência chegou ou que a Paciência falou. Ao dizermos que Deus é amor, queremos dizer que amor é a natureza de Deus; Ele é amor de dentro para fora. Portanto, não diríamos que Deus é amoroso, usando um adjetivo ou que Deus ama, usando um verbo. Pelo contrário, diríamos que Deus é amor, aplicando o substantivo a Ele.
Em nosso amigo Paciência não conseguimos encontrar precipitação; ele é a própria paciência; não é apenas paciente. Ele é simplesmente um amontoado de paciência. Você acha que nessa pessoa poderia haver precipitação? Poderia ele perder a calma? Poderia ele trocar palavras ásperas com os outros? É impossível que ele tome tais atitudes, pois em sua natureza não existe o elemento para fazê-las. Não há algo como mau humor em sua natureza. Não há algo como precipitação em sua natureza. Ele é simplesmente a paciência.
O mesmo ocorre com Deus, que é amor. Deus como amor é a maior revelação na Bíblia. Para todo cristão, a maior coisa a saber na Bíblia é que Deus é amor. Para Deus é impossível odiar. Se Deus odiar, não apenas terá um conflito com quem quer que Ele odeie, mas também terá um conflito Consigo mesmo. Se Deus odiasse qualquer um de nós aqui hoje, Ele não teria problema só com essa pessoa; Ele teria problema Consigo mesmo. Deus teria de criar um problema Consigo mesmo antes que pudesse odiar ou fazer algo de maneira que não fosse em amor. Deus é amor. Embora essas três palavras sejam muito simples, elas nos dão a maior revelação. A natureza de Deus, a essência da vida de Deus, é simplesmente o amor. Ele não pode fazer nada de outra maneira. Ele ama e, ao mesmo tempo, Ele é amor.
Se você é um pecador, pode estar querendo saber o que deve fazer antes que Deus venha amá-lo. Muitas pessoas não conhecem o pensamento de Deus para com elas. Elas desconhecem o que Deus está pensando ou que intenções Ele tem. Muitos acham que deveriam fazer algo ou sofrer ou ser muito conscienciosos antes que pudessem agradar a Deus. Entretanto, somente os que estão em trevas e que não conhecem a Deus pensam dessa forma. Se não houvesse evangelho, você seria capaz de pensar assim. Mas, agora que o evangelho está aqui, você não pode mais pensar dessa maneira, pois o evangelho diz-nos que Deus é amor.
Nós, seres humanos, somos apenas ódio. É extremamente difícil amarmos. Para Deus é igualmente difícil odiar. Você pode achar que é difícil amar e que não sabe como amar os outros. Mas é impossível Deus odiar. Você não tem jeito para amar e Deus não tem jeito para odiar. Deus é amor, e odiar para Ele é agir contrariamente à Sua natureza, o que é impossível que Ele faça.
Deus Amou o Mundo de Tal Maneira
Isso não é tudo. O próprio Deus é amor, mas quando esse amor é aplicado a nós, descobrimos que “Deus amou ao mundo de tal maneira” (Jo 3:16). “Deus é amor” fala da Sua natureza, e “Deus amou ao mundo de tal maneira” fala da Sua ação. O próprio Deus é amor; portanto, aquilo que provém Dele deve ser amor. Onde há amor, deve também haver o objeto daquele amor. Após mostrar-nos que Ele é amor, Deus imediatamente nos mostra que Ele ama ao mundo. Deus não somente nos amou, mas também enviou Seu amor. Deus não podia deixar de enviar Seu amor. Ele não podia deixar de amar ao mundo. Aleluia!
O maior problema que o mundo tem é pensar que Deus sempre nutre más intenções contra o homem. O homem acha que Deus faz exigências severas, e que é rigoroso e mesquinho. Uma vez que o homem tem dúvidas quanto ao amor de Deus, ele também duvida que Deus amou ao mundo. Contudo, uma vez que Deus é amor, Ele ama ao mundo. Se a Sua natureza é amor, Ele não pode portar-se em relação ao homem de nenhum outro modo a não ser em amor. Ele sentir-se-ia desconfortável se não amasse. Aleluia! Isso é um fato! Deus é amor. Ele não pode fazer nada a não ser amar. Deus é amor, e o que se segue espontaneamente é que Deus amou ao mundo.
Podemos culpar-nos por nossos pecados, por sermos suscetíveis à tentação de Satanás, por sermos enredados pelo pecado. Mas não podemos duvidar do próprio Deus. Você pode responsabilizar-se por cometer um pecado, por ter falhado, por sucumbir à tentação. Contudo, se duvida do coração de Deus para você, não estará agindo como um cristão, pois duvidar do coração de Deus para você é contradizer a revelação do evangelho.
Não posso afirmar que você jamais fracassará novamente. Tampouco posso afirmar que não mais pecará. Talvez você fracasse e peque novamente. Mas, por favor, lembre-se de que você falhar ou pecar é uma coisa, mas o coração de Deus para você é outra. Você nunca deve duvidar do sentimento de Deus simplesmente porque falhou ou pecou. Embora possa pecar, falhar, Deus não muda Sua atitude com você, pois Deus é amor e Ele ama ao mundo. Isso é um fato imutável na Bíblia.
Do nosso lado mudamos e transformamo-nos. Mas pelo lado do amor de Deus, não há mudança. Muitas vezes o seu amor pode mudar ou tornar-se frio. Contudo, isso não significa que o amor de Deus é afetado. Se Deus é amor, não importa como você O teste, o que provém Dele é invariavelmente amor. Se houver um pedaço de madeira aqui, não importa como o golpeie, você sempre obterá o som de madeira. Se golpeá-lo com um livro, ele lhe dará o som de madeira. Se golpeá-lo com a palma da mão, ainda assim ele dará a você o som de madeira. Se golpeá-lo com outro pedaço de madeira, ele novamente lhe dará o som de madeira. Se Deus é amor, não importa como você O “golpeie” — rejeitando-O, negando-O ou deixando-O de lado — Ele ainda é amor. Uma coisa é certa: Deus não pode negar a Si mesmo; Ele não pode contradizer-se. Uma vez que somos o próprio ódio, é absolutamente natural que odiemos. E uma vez que Deus é amor, é absolutamente natural que Deus ame. Ele não pode mudar a própria natureza. E uma vez que a natureza de Deus não pode ser mudada, Sua atitude com você não pode ser mudada. Dessa forma vemos que Deus ama ao mundo.
A Expressão do Amor de Deus
O assunto todo termina com Deus amando ao mundo? “Deus é amor” fala da natureza de Deus; fala do próprio Deus. “Deus amou ao mundo de tal maneira” fala da ação de Deus. Mas o amor de Deus para conosco tem uma expressão. Que é essa expressão do Seu amor? Romanos 5:8 diz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. O amor de Deus tem uma expressão. Se amo uma pessoa e simplesmente lhe digo que a amo, esse amor ainda não está completo. A menos que o amor seja expresso, ele não é completo. Não existe amor no mundo que não tenha uma expressão. Se há amor, ele deve ser expresso. Se um amor não é expresso, não pode ser considerado como amor. O amor é muitíssimo prático. Ele não é vão e tampouco um simples assunto verbal. O amor é expresso por meio de ações. Se você põe uma bola sobre uma superfície desnivelada, pode estar certo que algo irá ocorrer; ela terminará por rolar abaixo. O mesmo ocorre com o amor. Você pode estar certo de que terá uma expressão.
Já que Deus ama ao mundo, Ele tem de estar preocupado com a necessidade do homem. Portanto, Ele deve fazer algo pelo homem. Somos pecadores. Não temos outra escolha senão ir para o inferno, e não há nenhum outro lugar para estarmos senão no lugar de perdição. Mas Deus nos amou, e Ele não estará satisfeito até que nos tenha salvado. Quando Deus diz: “Eu amo você”, Seu amor se aproximará para carregar todos os nossos fardos e remover todos os nossos problemas. Já que Deus nos ama, Ele deve prover uma solução ao problema de pecados; Ele deve prover a salvação que nós pecadores precisamos. Por essa razão, a Bíblia mostrou-nos este grandioso fato: O amor de Deus é manifestado na morte de Cristo. Uma vez que somos pecadores e incapazes de salvar a nós mesmos, Cristo veio morrer de modo a solucionar o problema do pecado por nós. Seu amor cumpriu algo substancial, e isso é posto diante de nós. Agora podemos ver Seu amor de uma forma substancial. Seu amor já não é meramente um sentimento. Ele tornou-se um ato totalmente manifestado.
Nessa grande questão do amor de Deus, devemos atentar para três coisas: a natureza do amor de Deus, a ação do amor de Deus e a expressão do amor de Deus. Agradecemos e louvamos a Deus! Seu amor não é somente um sentimento em Seu interior; é também uma ação e até mesmo uma expressão e manifestação. Seu amor fê-Lo realizar o que não podemos por nós mesmos. Uma vez que Ele é amor e amou ao mundo, a salvação foi produzida. Uma vez que o homem tem pecado e uma vez que Deus é amor, muitas coisas acontecem. Se você não é pobre, não terá necessidade de mim. Por outro lado, se eu não o amo, mesmo que você seja extremamente pobre, eu não me preocuparei. A situação hoje é que o homem pecou e Deus amou; portanto, coisas começam a ocorrer. Aleluia! muita coisa está acontecendo porque o homem pecou e Deus amou. Quando você reúne as duas coisas, o evangelho vem à existência.
A Graça de Deus
Contudo, irmãos e irmãs, o amor de Deus não pára aqui. Uma vez que Deus é amor, a questão da graça surge. É verdade que o amor é precioso, mas o amor deve ter sua expressão. Quando o amor é expresso, torna-se graça. Graça é amor expresso. O amor é algo em Deus. Mas quando esse amor vem até você, torna-se graça. Se Deus for somente amor, Ele é muito abstrato. Mas agradecemos ao Senhor porque embora o amor seja algo abstrato, com Deus ele é imediatamente transformado em algo concreto. O amor interior é abstrato, mas a graça exterior deu-lhe substância.
Por exemplo, você pode ter pena de um indigente, pode amá-lo e ter simpatia por ele. Mas se não lhe der comida e roupa, o máximo que você poderia dizer é que o ama. Não poderia dizer que você é graça para ele. Quando poderá dizer que tem graça para com ele? Quando lhe der um prato de arroz ou uma peça de roupa ou algum dinheiro, e quando a comida, roupa ou dinheiro o alcançar, seu amor torna-se graça. A diferença entre amor e graça reside no fato de que o amor é interior e graça é exterior. Amor é principalmente um sentimento interno, enquanto graça é um ato externo. Quando o amor é transformado em ação, torna-se graça. Quando a graça volta a ser sentimento, ela é amor. Sem o amor, a graça não pode vir à existência. A graça existe porque o amor existe.
A definição de graça não é apenas um ato de amor. Devemos acrescentar algo mais a isso. Graça é um ato de amor para com o necessitado. Deus ama ao Seu Filho unigênito. Mas não existe o elemento graça nesse amor. Ninguém pode dizer que Deus trata Seu Filho com graça. Deus também ama os anjos, mas isso tampouco pode ser considerado como graça. Por que não é graça o amor do Pai para com o Filho e o amor de Deus para com os anjos? A razão é que não há perdas ou faltas envolvidas. Há somente amor; não existe a idéia de graça. Somente quando há perdas e faltas, quando não existe maneira para resolvermos nossos problemas por nós mesmos, é que o amor torna-se real como graça. Visto que somos pecadores, somos os que têm problemas, e não temos como solucioná-los. Mas Deus é amor e Seu amor é manifestado a nós como graça.
Portanto, quando o amor flui no mesmo nível, ele é simplesmente amor. Mas quando ele flui para baixo, é graça. Por isso, os que nunca estiveram em uma situação miserável jamais podem receber graça. O amor também pode fluir para um nível mais elevado. Mas quando isso ocorre, não é graça. O amor também pode fluir entre níveis iguais. Quando isso ocorre, também não é graça. Somente quando o amor flui em direção inferior é graça. Se quer estar acima de Deus ou quer ser igual a Deus, você nunca verá o dia da graça. Somente os que estão abaixo de Deus podem ver o dia da graça. Isso é o que a Bíblia nos mostra acerca da diferença entre amor e graça.
Embora a Bíblia mencione o amor do Senhor Jesus, ela dá maior atenção à graça do Senhor Jesus. A Bíblia também fala da graça de Deus, mas ela dá maior atenção ao amor de Deus. Não estou dizendo que não existe o amor do Senhor Jesus e a graça de Deus na Bíblia. Mas a ênfase na Bíblia está no amor de Deus e na graça do Senhor Jesus. Como foi que Paulo saudou a igreja em Corinto? “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Co 13:13). Você não pode mudar a sentença para ler: “A graça de Deus, e o amor do Senhor Jesus Cristo, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. Você não pode fazer isso, porque a ênfase da Bíblia está no amor de Deus e na graça do Senhor Jesus. Por que é assim? Porque foi o Senhor Jesus quem cumpriu a salvação. Foi Ele quem concretizou o amor e efetuou a graça. O amor de Deus tornou-se graça por meio da obra do Senhor Jesus. Portanto, a Bíblia diz-nos que a lei foi dada por intermédio de Moisés, mas a graça veio por meio de Jesus Cristo (Jo 1:17).
A Misericórdia de Deus


Agradecemos ao Senhor porque no amor de Deus não há apenas a graça, há também outro grande item: a misericórdia de Deus. A Bíblia também dá muita ênfase à misericórdia. Mas temos de admitir que misericórdia é mais precisamente uma palavra do Antigo Testamento, da mesma forma que graça é do Novo Testamento. Isso não significa que você não encontrará misericórdia no Novo Testamento. Mas se tiver uma referência ou uma concordância bíblica, você encontrará misericórdia muito mais freqüentemente no Antigo Testamento. Misericórdia é algo do Antigo Testamento, assim como graça é algo do Novo Testamento.
O canal para o amor fluir é ou a graça ou a misericórdia. Misericórdia é para questões negativas, enquanto graça é para questões positivas. Misericórdia está relacionada com a condição presente, e graça está relacionada com a condição futura. Misericórdia fala da pobreza da nossa condição presente, e graça fala da condição radiante em que você será salvo no futuro. O sentimento que Deus tem para conosco quando somos pecadores é misericórdia. A obra que Deus realiza em nós para fazer-nos Seus filhos é graça. A misericórdia surge da nossa condição existente; graça surge da obra que iremos receber.
Não sei se você tem clareza disso. Suponha que haja uma pessoa necessitada aqui conosco. Você a ama e tem pena dela. Você se sente triste pela sua situação difícil. Se não a amasse, não sofreria nem se preocuparia com ela. Mas fazendo assim você está tendo misericórdia dela. Contudo, essa misericórdia é negativa. Sua misericórdia está na condolência pela condição atual dessa pessoa. Mas quando a graça é efetivada? Ela é efetivada na hora em que essa pessoa é resgatada da sua condição pobre para uma posição nova, para uma esfera nova e para um ambiente novo. Somente então seu amor por ela torna-se graça. É por isso que digo que misericórdia tem sentido negativo e é para hoje, enquanto graça tem sentido positivo e é para o futuro. O futuro de que estou falando é o futuro nesta era, e não o futuro na era vindoura. Não quero dizer que o Antigo Testamento fale somente sobre misericórdia. O Antigo Testamento também fala sobre graça. Não é verdade que não precisamos mais de misericórdia. Não, nós ainda precisamos da misericórdia. Deus foi misericordioso na época do Antigo Testamento, porque Sua obra ainda não estava completa naquela época. Portanto, o Antigo Testamento estava repleto de misericórdia. Deus mostrou misericórdia por quatro mil anos. Mas hoje, na era do Novo Testamento, temos graça porque o Senhor Jesus cumpriu Sua obra. Ele veio para carregar nossos pecados. Portanto, o que recebemos hoje não é misericórdia, mas graça. Aleluia! Hoje não é dia da misericórdia, mas da graça.
Se houvesse apenas misericórdia, poderíamos ter somente esperança. No Antigo Testamento, havia apenas esperança; portanto, o Antigo Testamento fala de misericórdia. Mas agradecemos ao Senhor, hoje obtivemos o que era esperado. Não há necessidade de esperarmos mais.
A misericórdia vem do amor e resulta em graça. Se a misericórdia não viesse do amor, ela não resultaria em graça. Uma vez que ela se origina no amor, ela chega à graça. Nos Evangelhos há o relato de um cego recebendo visão (Mc 10:46-52). Ao encontrar o Senhor, ele não disse: “Senhor, ama-me!” ou “Senhor, sê benévolo para comigo!” Pelo contrário, ele disse: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (v. 48). Ele pediu misericórdia por causa da sua situação presente, da sua dificuldade presente e da sua dor presente. Ele sabia que se o Senhor Jesus se compadecesse dele, Ele não se limitaria a mostrar-lhe misericórdia; Ele certamente faria algo.
No Novo Testamento, há também alguns lugares em que a misericórdia é mencionada. Na maioria dos casos, a misericórdia é mencionada em referência à situação no momento. Alguém poderia perguntar: “Visto que o amor de Deus é tão precioso, por que precisa existir misericórdia? O amor é muito bom como fonte, e a graça é também muito boa como resultado. Por que, então, é necessária a misericórdia?” Porque o homem é necessitado. Não temos coragem de ir a Deus e pedir por Seu amor. Somos da carne e não conhecemos Deus suficientemente. Embora Deus se tenha revelado a nós na luz, ainda não ousamos achegar-nos a Ele. Sentimos que é impossível ir a Deus e pedir amor. Ao mesmo tempo, não possuímos fé suficiente para ir a Ele e pedir graça, dizendo-Lhe que precisamos de tal e tal bênção. Não temos como pedir o amor de Deus e não temos fé suficiente para pedir a graça de Deus.
Mas agradecemos ao Senhor. Não temos apenas amor e graça; também temos misericórdia. O amor é manifestado nesta misericórdia. Por Deus ser misericordioso, se você ouve o evangelho e ainda é incapaz de crer, você pode clamar: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Você pode ter medo de pedir outras coisas, mas não precisa ter medo de pedir essa única coisa. Não ouso pedir ao Senhor que seja benévolo comigo. Não ouso pedir-Lhe que me ame. Mas posso pedir-Lhe que seja misericordioso para comigo. Por outras coisas não ousamos pedir. Mas podemos ser ousados para pedir misericórdia. Deus se alegra com isso. Deus colocou Seu amor entre nós para que tivéssemos o direito de vir a Ele. Contudo, se houvesse apenas amor, ainda nos sentiríamos atemorizados de vir a Deus. Uma vez que Deus também é misericordioso, somos capazes de vir a Ele. Não ouso pedir a Deus que me ame nem ouso pedir-Lhe que mostre graça. Mas posso pedir misericórdia a Deus. Posso ao menos pedir isso.
No ano passado conheci um homem que estava muito velho e sofria de séria enfermidade. Ao ver-me, chorou. Ele contou-me que não estava triste com Deus, mas sem dúvida estava com muita dor. Eu disse-lhe que deveria pedir a Deus para amá-lo e ser benévolo para com ele. Ele disse que não poderia fazer isso. Quando perguntei-lhe por que não, ele respondeu que por sessenta anos havia vivido para si mesmo e não para Deus. Agora que estava morrendo, ele se envergonharia de pedir que Deus o amasse e fosse bondoso para com ele. Se não tivesse estado tão distante de Deus, se tivesse se aproximado mais de Deus nas últimas poucas décadas, se tivesse desenvolvido certa afeição por Deus, teria sido mais fácil para ele pedir amor e graça. Mas por ter estado longe de Deus toda sua vida, como podia pedir a Deus que o amasse enquanto ele jazia em seu leito de morte? Não importando minha persuasão, ele não acreditaria em minhas palavras. Eu disse-lhe que Deus podia conceder-lhe graça, que Ele podia ser benévolo com ele e podia amá-lo. Mas ele simplesmente não conseguia crer nisso. Fui vê-lo muitas vezes, mas não pude convencê-lo. Então orei: “Ó Deus, eis aqui um homem que não crê em Ti, tampouco crê no Teu amor. Não tenho como ajudá-lo. Por favor, conceda-lhe um caminho na sua última hora”. Mais tarde senti que não deveria falar-lhe sobre graça nem sobre amor, mas somente sobre misericórdia. Com alegria fui até ele de novo e lhe disse: “Você deve esquecer-se de tudo agora. Esqueça-se do amor de Deus ou da graça de Deus. Você deve ir a Deus e dizer-Lhe: ‘Deus! estou sofrendo. Não tenho como prosseguir. Tem misericórdia de mim’”. Imediatamente ele concordou. E tão logo concordou, sua fé veio e ele orou: “Deus, agradeço-Te porque Tu és um Deus misericordioso. Estou fraco e sofrendo. Tem misericórdia de mim”. Aqui você vê uma pessoa sendo trazida à presença do Senhor. Ele percebeu sua situação carente e pediu misericórdia. Na sua presente condição, ele pediu a Deus que fosse misericordioso para com ele.
Agora vejamos alguns versículos. Efésios 2:4-5 diz: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos”. Paulo disse que Deus era rico em misericórdia por causa de algo. Esse algo é Seu grande amor com que nos amou. Sem amor não haveria misericórdia. Em que situação foi Ele misericordioso para conosco? Ele foi misericordioso para conosco quando estávamos mortos em nossos delitos. Aquilo teve a ver com nossa infeliz situação presente. Por estarmos mortos em pecados, Ele teve misericórdia de nós. Ele teve misericórdia de nós baseado em Seu amor por nós. Que acontece após a misericórdia? O versículo 8 prossegue dizendo-nos que Ele nos salvou pela graça. Portanto, a misericórdia foi-nos mostrada porque estávamos em uma situação de mortos em nossos delitos; então, a graça foi-nos dada para nossa salvação, indicando que recebemos uma nova posição e entramos numa nova esfera. Agradecemos a Deus porque não há somente amor e graça, mas também grandiosa misericórdia.
Em 1 Timóteo 1:13 Paulo diz: “A mim que noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade”. Paulo explica aqui como obteve misericórdia. O fato de obter misericórdia tinha muito a ver com a história de sua vida. Tinha a ver com o fato de ser ele um blasfemo, um perseguidor e uma pessoa insolente. Antes de ser salvo, ele estava na condição de blasfemo, perseguidor, insolente, ignorante e incrédulo. Enquanto estava em tal condição, Deus teve misericórdia dele. Assim, você pode ver que misericórdia tem a ver com as situações duras e difíceis do nosso passado. Graça, por outro lado, tem a ver com os aspectos positivos relacionados conosco. Os dois devem ser distintos e não devem ser considerados iguais.
Tito 3:5 diz: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou”. Não há justiça em nós. Enquanto estávamos sem justiça e numa situação de sofrimento e sem esperança, Deus teve misericórdia de nós. Graças ao Senhor que existe a misericórdia! Vimos anteriormente que a misericórdia origina-se no amor e termina na graça. Quando a misericórdia se estende, somos salvos. Ele teve misericórdia de nós na condição em que estávamos, e como resultado fomos salvos.
Romanos 11:32 diz: “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”. Por que Deus encerrou a todos na desobediência? Foi para que pudesse mostrar misericórdia a todos. Deus permitiu que todos se tornassem desobedientes e encerrou a todos na desobediência, não com o propósito de fazê-los desobedientes, mas a fim de mostrar misericórdia para com todos. Após ter mostrado misericórdia, Seu próximo passo foi salvá-los. Portanto, a misericórdia tem a ver com sua condição, não a condição após você ter-se tornado um cristão, mas com a sua condição antes de ser salvo. Porém, graças a Deus que Ele não parou na misericórdia; com Ele há também a graça.
Existe um lugar na Bíblia que nos mostra claramente que nossa regeneração é proveniente da misericórdia. A Primeira Epístola de Pedro 1:3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Toda a obra de Deus na graça foi planejada de acordo com Sua misericórdia em amor. Sua graça é dirigida por Sua misericórdia, e Sua misericórdia é dirigida por Seu amor. É segundo a Sua grande misericórdia que Deus nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Assim sendo, tanto a regeneração como a viva esperança estão relacionadas com a misericórdia. Por existir a misericórdia, existe a graça.
Judas 21 diz: “Guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”. Este versículo mostra-nos que hoje devemos manter-nos no amor de Deus. Até que o Senhor venha novamente, isto é, até que Ele apareça a nós, devemos aguardar a Sua misericórdia para a vida eterna. Antes de sermos arrebatados, devemos aguardar a Sua misericórdia. Hoje, enquanto vivemos nesta terra, recebemos não apenas misericórdia, mas também graça. Agradecemos ao Senhor que fomos salvos e pertencemos a Deus, contudo ainda há um problema. O nosso corpo ainda não está redimido. Embora não sejamos mais do mundo, ainda estamos no mundo. É bom não pertencermos ao mundo, mas isso não é suficiente. Cedo ou tarde, os israelitas tiveram de deixar o Egito. Cedo ou tarde, Noé teve de deixar a arca para entrar no novo período. Cedo ou tarde, Ló teve de deixar Sodoma. E virá o dia em que os cristãos terão de deixar o mundo. Enquanto estou sendo atacado neste mundo, espero a misericórdia do Senhor Jesus. Enquanto estou sendo enredado pelo pecado neste mundo, espero a misericórdia do Senhor Jesus. Enquanto estou sendo esbofeteado por Satanás neste mundo, aguardo a salvação do Senhor. Assim, enquanto estamos vivendo nesta terra e mantendo-nos no amor de Deus, esperamos o dia em que o Senhor mostrará misericórdia a nós. Portanto, é ainda necessário que a Sua misericórdia esteja sobre nós. Temos de aguardar a Sua misericórdia até o dia de sermos arrebatados.
A Bíblia mostra-nos algo mais sobre misericórdia e graça. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a palavra misericórdia é sempre precedida por mostrar ou por ter. Misericórdia é algo que é mostrado, e àqueles para os quais ela é mostrada diz-se que receberam misericórdia. Por que a Bíblia diz “mostrar misericórdia” em vez de “dar misericórdia”? Porque a misericórdia não requer o nosso fazer. Graça, por outro lado, requer algum feito. Quando obtemos graça, obtemos algo definido. Mas ao recebermos misericórdia, é somente um recebimento; tudo o que temos a fazer é receber.
Hebreus 4:16 exorta-nos a vir constantemente ao Senhor a fim de orar. Ao virmos orar diante do Senhor, recebemos misericórdia e achamos graça para socorro em ocasião oportuna. Algumas versões usam a expressão obter misericórdia. Mas na verdade, na linguagem original, a palavra não é obter. Obter é algo muito ativo. No grego, a palavra é mais passiva. Ela deveria ser traduzida para “receber”. Recebemos misericórdia e achamos graça. Que é receber? Receber significa que tudo está aqui; está sempre pronto para uso a qualquer tempo. Que é graça? Graça é algo que você tem de “achar”, pois é algo que Deus fará. Graça é algo positivo; é algo para ser elaborado. É por isso que se diz “receber” misericórdia e “achar” graça. Você pode ver que a Bíblia é muito clara acerca da misericórdia e da graça. Não há confusão entre ambas.


Amados DEus é Amor, Deus é bom e a tua fidelidade dura para sempre

A paz para todos!!
!

O PODER QUE A ORAÇÃO EXERCE EM NOSSAS VIDAS

Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças.Filipenses 4:6

Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1 Jo 5:14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.", a oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.
A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores. É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual. Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão a Deus,  através da oração, pedindo para sermos lavados pelo seu sangue, e nossos pecados seram perdoados.
Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.
Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra em Mt 6:5-13:

5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
A oração não é algo formal, para atrair a atenção do homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5). Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter , então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.
A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7). Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.
Afinal o que é a oração? A melhor definição encontra-se, é obvio, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o crente , com se clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33:3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes."). A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir. É um diálogo onde o crente aprofunda sua comunhão com Deus e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo (Rm 8:26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.") .
A Bíblia é o livro da oração . Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração. CompareJs 10:12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos? Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais. Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto. Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.". Desde o seu primeiro livro, Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do ser humano, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico. Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").
Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase. Oração não é castigo (assim como a leitura das Escrituras), idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência. Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal. Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberão cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;"). De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.
Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração. Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência. Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos."). É o exemplo da oração que persevera e confia. Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si."). É o exemplo da oração em todo o tempo.
Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida , ver Êx 3:1-22 Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias. Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crente sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos."). É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.
Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,". Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o crente, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração. Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra, como George Muller, João Hide, Lutero e Watman Nee.
O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre. Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."Mt 4:1-11 "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").
Ora, isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus. Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46 "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.").
Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre. Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus."). Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crente. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.
A oração modelo, registrada em Mt 6:9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida. Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios. Seria uma incongruência. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã. Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo. A oração do crente, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:
  • Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
  • Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);
  • Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
  • Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
  • Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais (11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
  • Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
  • Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
  • Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).
Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:
  • Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc 11:24 "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."; Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê."; Hb 10:22 "aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.", Tg 1:17 " Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."; Tg 5:15 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").
  • Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").
  • A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18 "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14 " E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.", Mt 6:10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2 "Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"; Mt 26:42 "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.") .
  • Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações (Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."; Tg 5:16-18 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.", Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.", Pv 15:8 "O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").
  • Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8 "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á."; Cl 4:2 "Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."; 1 Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Sl 40:1 "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").
Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"). É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;"). É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração. Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus. Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus. O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 "Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").
O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto" (Mt 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor. É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. "A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente". A oração do crente não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno. Jesus é o Senhor. Amém.


Amados que Deus no seu infinito amor ouça as nossas orações e que o nosso encontro pessoal com ele seja para crescermos espiritualmente e que a nossa Fé seja avivada em nome de JESUS.

Alcy a Paz do Sr. Jesus para todos.